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No verão, banhistas devem redobrar os cuidados para evitar afogamentos

SP teve aumento de 11,7% nos acidentes em 2022; litoral paulista concentra maior parte das ocorrências, mas regiões de Sorocaba e São José dos Campos também concentram casos

 

Tempo quente e férias. Essa é a combinação ideal para que praias e piscinas fiquem repletas de banhistas. Mas alguns cuidados são fundamentais para que diversão não coloque a vida das pessoas em risco. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, no ano passado foram registrados 3,1 mil afogamentos no Estado, um aumento de 11,7% em relação a 2021, quando ocorreram 2,81 mil casos em SP.

 

As regiões com maior número de casos foram as de Sorocaba, São José dos Campos e nas cidades do litoral. Só em praias paulistas foram registrados 2,3 mil casos no ano passado. E isso se dá devido à imprudência, como a embriaguez dos adultos, sendo este o principal agravante dos afogamentos, o desrespeito aos alertas de perigo, o uso de flutuadores no mar, como colchões infláveis e as brincadeiras de risco dentro de áreas com maior profundidade.

 

 “Neste verão, não abuse da sorte e, na praia, sempre respeite as orientações do salva-vidas. Lembre-se quase metade dos afogados acreditavam que sabiam nadar”, alerta a coordenadora do Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau), Cecilia Damasceno.

 

Confira algumas dicas para evitar afogamentos:

 

1. Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar nos cuidados dos pequenos;

 
2. Não confie na falsa impressão de segurança que os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
 

3. No clube, lembre-se que o salva-vidas tem muitas pessoas para observar e que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;


4. Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;
 

5. No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas;
 

6. Se for para o fundo usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;
 

7. Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar.
 

8. No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens.
 

9. Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos.
 

10. Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho. 

11. Evite mergulhos solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de imprevistos.

12. Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica bastante limitada.

 

Socorro adequado


Tão importante quanto evitar o afogamento, é saber como prestar socorro. O ideal é que pessoas sem treinamento apropriado não tentem fazer salvamentos sozinhas com o próprio corpo, colocando a própria vida em risco. O mais adequado é fornecer para a vítima objetos que flutuem ou que sirvam como uma corda. Uma simples garrafa pet pode ajudar a evitar um afogamento. É fundamental buscar socorro de salva-vidas ou bombeiros. A remoção da vítima deve ser feita pelos membros (pernas e braços) e jamais pode haver a compressão do abdômen. Fora d’água, a vítima deve ser colocada de lado, ter sua roupa molhada removida e ser aquecida até que haja atendimento profissional.

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