Secretaria de Estado da Saúde

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Mais de 60% de crianças e mães ainda não se vacinaram contra gripe em SP

Campanha acaba na próxima sexta-feira (5); meta é imunizar 90% dos públicos, mas cobertura vacinal ainda é de apenas 38% entre menores de 6 anos; 36% em grávidas e 42% em puérperas

 

 


O Estado de SP já vacinou 12,5 milhões de pessoas contra a gripe. Porém, a uma semana do fim da campanha de vacinação, 60% das crianças e das mães ainda precisam se imunizar. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde faz um alerta especial para as famílias para que compareçam aos postos até a próxima sexta-feira (5).

 

Até o momento, foram vacinadas somente 1,1 milhão de crianças (37,9% de cobertura vacinal) e 162,7 mil gestantes (36,1%), além de 31 mil puérperas (41,8%), outro grupo que também está com baixa cobertura.

 

A meta é alcançar pelo menos 90% de um total de 3 milhões de crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, 451,1 mil gestantes e 74,1 mil puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias).

 

“Pedimos a todas as famílias para que cuidem dos pequenos e das mães. A vacina é segura, fundamental para evitar complicações que podem ser provocadas pela gripe, e não causa a doença em quem tomar a dose. Os postos estão trabalhando com medidas de segurança, evitando aglomerações, para prevenção à doenças respiratórias, como a COVID-19 e a própria gripe”, reforça a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araujo.

 

Nesta última fase, as doses estão disponíveis também para 2 milhões de adultos de 55 a 59 anos de idade, além de professores de escolas públicas e privadas. Foram vacinadas 651,9 mil pessoas na faixa de 55-59 anos (32,3% de cobertura) e 193,9 mil professores.

 

Quem faz parte de outros grupos e ainda não procurou uma unidade de saúde, pode comparecer aos postos até o final da campanha.

 

Balanço total

 

A meta da campanha deste ano é vacinar 90% da população-alvo de 15,4 milhões de moradores de SP.

 

Já foi atingida 100% de cobertura com a imunização dos seguintes públicos: idosos (5,7 milhões vacinados); profissionais da saúde (1,4 milhão) e indígenas (6.3 mil).

 

O grupo das pessoas com doenças crônicas também bateu a meta com 2,2 milhões de vacinados (98,5%).

 

Também já estão imunizadas 24 mil pessoas do sistema prisional, 160,2 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 120,6 mil caminhoneiros; 73 mil motoristas de transporte coletivo; e 7,8 mil trabalhadores portuários.

 

Neste ano, o Instituto Butantan entregou ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais em comparação a 2019. E as doses são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09; A/South Austrália/34/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

 

Coronavírus

 

A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de COVID-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o Secretario de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

 

A orientação aos profissionais que trabalham na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Além disso, é importante realizar uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deve ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação para seguir o isolamento domiciliar.

 

As equipes devem anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional tem a recomendação de usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.

 

Etapas da campanha de 2020

 

Etapa 1: iniciada em 23 de março, para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde; inclusão de profissionais de forças de segurança e salvamento desde 30 de março.

 

Etapa 2: começou em 16 de abril para portadores de doenças crônicas, comorbidades e outras condições clínicas especiais; caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários; sistema prisional; indígenas;

 

Etapa 3: a partir de 11 de maio e dividida em duas fases:

 

1ª fase: de 11/05 a 17/05 para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas até 45 dias.

 

2ª fase: 18/05 a 05/06 para adultos de 55 a 59 anos de idade e professores das escolas públicas e privadas.

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