Coordenadoria de Controle de Doenças/Vetores

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Vetores

O "barbeiro", é um artrópode da classe Insecta, ordem Hemiptera, família Reduviidae e subfamília Triatominae que se alimenta exclusivamente de vertebrados homeotérmicos, sendo chamados hematófagos. A principal espécie propagadora da Doença de Chagas no Estado de São Paulo, foi o Triatoma infestans, hoje eliminado do nosso meio. Persistem ainda as espécies de menor importância como Panstrongylus megistus e o Triatoma sordida amplamente distribuídos. Geralmente, abrigam-se em local muito próximo à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Vivem em média entre um a dois anos, com evolução de ovo, ninfa e adulto. Apresentam grande capacidade de reprodução e, dependendo da espécie, intensa resistência ao jejum.


Ciclo evolutivo:


Ovos
: A fêmea copula uma só vez e transcorridos cerca de 20 a 30 dias começa a postura. Cada fêmea ovipõe cerca de 200 ovos. A eclosão dos ovos, varia conforme a temperatura ambiente e a espécie, ocorrendo em média um período de 25 dias. Logo após a postura, os ovos são brancos, porém em contato com o ar vão amarelando e depois de 6 a 7 dias tornam-se róseos na medida em que se aproxima o momento da eclosão.

Ninfas: Dos ovos eclodidos, nascem às ninfas. Procuram alimento de 2 ou 3 dias depois de nascidos e após sua primeira refeição a ninfa sofrerá mudanças em seu corpo, com a perda de sua pele. O "barbeiro" passa ao todo por 5 mudas até atingir o estádio adulto.

Adultos: Um adulto vive alguns meses, podendo alcançar um ano ou mais. As fêmeas efetuam a primeira postura com cerca de 2 meses. Após a postura, tendem a migrar e formar novas colônias. O ciclo de vida dura em média de 1 a 2 anos.

Controle:


No Estado de São Paulo, o controle de triatomíneos está inserido na metodologia de vigilância entomológica da Doença de Chagas que tem por objetivo manter a interrupção da transmissão vetorial da Doença de Chagas no Estado de São Paulo.
Para tanto identifica e combate colônias domiciliares de triatomíneos; investiga as manifestações humanas decorrentes da presença do Triatoma infestans e de colônias de outras espécies de triatomíneos associadas à infecção por Trypanosoma cruzi no ambiente intradomiciliar. Exemplares suspeitos de serem triatomíneos são encaminhados à SUCEN que os identifica e examina com vistas à infecção por T.cruzi e a fonte alimentar utilizada. Quando do encontro de colônias intradomiciliares com indivíduos infectados em casas que notificaram insetos, quando da pesquisa realizada pela SUCEN, é realizado o exame sorológico da população residente nessas unidades domiciliares com investigação epidemiológica familiar em domicílios com detecção de indivíduos soropositivos com especial atenção àqueles nascidos no Estado de São Paulo e com idades iguais ou inferiores a 30 anos. Nos imóveis com presença de triatomíneos é realizado o controle químico com borrifação utilizando-se inseticidas da classe dos piretróides. O componente educativo tem peso importante para a sustentabilidade da vigilância entomológica da Doença de Chagas no Estado de São Paulo e tem como objetivo propiciar a participação de moradores de áreas rurais. Para tanto considera a estratégia de reorganização da atenção básica à saúde através da implantação do Programa de Agente Comunitário da Saúde (PACS) e Programa de Saúde da Família (PSF) e a inclusão nas disciplinas Meio Ambiente e Saúde dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que estão em vigor na rede de ensino do estado de São Paulo, dando enfoque as ações de manejo ambiental que impeçam a domiciliação de triatomíneos.

 

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