Secretaria de Estado da Saúde

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Vale tudo no Carnaval, menos correr riscos

Neste carnaval  vale tudo, menos correr risco desnecessário, ou seja, fazer sexo desprotegido, e com isso ficar vulnerável a infecções sexualmente transmissíveis, entre elas a aids.    
 

Hoje, 30 anos após o diagnóstico do primeiro caso de aids em nosso país, a epidemia de HIV/aids pode ser considerada estável, porém nos preocupa o crescimento da ocorrência da infecção entre gays, homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais, em especial os mais jovens.  Neste carnaval, gostaríamos de chamar a atenção desta população para a necessidade de cuidar mais de si e do outro nos dias e noites de folia.


No Brasil, estudos recentes apontam que há grande vulnerabilidade de adolescentes e jovens gays (homens que fazem sexo com homens) para a infecção pelo HIV. Dados do Ministério da Saúde (2012) apontam que houve aumento de 31.8% para 46.6% no número de novos casos no grupo entre 15-24 anos, entre 1998 e 2010. A prevalência da infecção na população geral brasileira é de 0.6%.  


 

Estudo Sampacentro realizado entre novembro de 2011 e janeiro de 2012,  fruto da parceria entre a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e o Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, constatou a vulnerabilidade dos jovens gays ao HIV.  O universo do estudo foi composto por 1.217 participantes, e 778 deles concordaram em realizar um exame de sangue para realização de sorologia anti-HIV.  Entre eles observou-se: 7,4% de soropositividade na faixa de 18 a 24 anos; 14,7%, 25 a 34 anos; 27,7%, 35 a 49 anos e 18,3% nos entrevistados entre 50 e 77 anos. Esses dados corroboram estudos brasileiros recentes que apontam a grande vulnerabilidade de adolescentes e jovens gays (homens que fazem sexo com homens) para a infecção pelo HIV.



Neste contexto é importante facilitar o acesso a informação e aos serviços de saúde.  Muita gente não sabe onde realizar o teste anti-HIV de forma gratuita e sigilosa. Saber se você tem ou não o vírus faz toda diferença: caso positivo, você começa seu tratamento cedo e tem melhor qualidade de vida. Durante o ano todo, você pode realizar o teste em 130 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA)  e em várias Unidades Básicas de Saúde em todo Estado. Para saber qual é o serviço mais próximos de sua residência é só ligar gratuitamente para: 0800 16 25 50.
 


Poucos conhecem a profilaxia pós exposição. Trata-se de uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com uso de medicamentos. Se você teve uma relação desprotegida pode procurar o mais rápido possível um serviço de saúde (veja endereços no site: www.crt.saude.sp.gov.br) para adoção desta medida de prevenção. 


Hoje em dia, entre os principais desafios enfrentados pelos programas nacional, estadual e municipal de DST/aids estão a redução da incidência da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis nos diferentes segmentos populacionais mais vulneráveis e  a garantia de uma melhor qualidade de vida e redução do estigma e preconceito em relação as pessoas que vivendo com o HIV e aids.
 


Dra. Maria Clara Gianna

Coordenadora do Programa Estadual DST/AIDS-SP - Secretaria de Estado da Saúde
 

 

 

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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