Secretaria de Estado da Saúde

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Governo e Prefeitura de SP vão ampliar programa de combate ao crack

Samu fará resgate de pacientes com auxílio de médicos psiquiatras; cidade também terá mais unidades de atendimento 24 horas para usuários de droga e álcool

O governo do Estado de São Paulo fechou nesta sexta-feira, 26 de abril, uma parceria com a Prefeitura para ampliar o programa do combate ao crack na cidade de São Paulo.

Com isso, o Programa Recomeço, de auxílio aos usuários de crack e suas famílias, irá disponibilizar, por exemplo, o resgate de pacientes para serviços de saúde por intermédio do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), com equipes devidamente capacitadas para o atendimento psiquiátrico de urgência.

A parceria também irá contribuir para ampliar o número de Caps Ad III (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas), serviços ambulatoriais de maior complexidade e com funcionamento 24 horas, com 10 novas unidades já em 2013. Vinte Caps Ad II, que possui apenas atendimento diurno, serão transformados em tipo III, dos quais cinco já neste ano.

O número de Unidades de Acolhimento e Residência Terapêutica Especial passará das atuais 11 para 25. Haverá, ainda, a implantação de 16 Consultórios de Rua até o final do mês de maio para abordagem dos dependentes, criando vínculos que favorecem o tratamento.

A abordagem social de dependentes químicos no bairro da Luz, centro de São Paulo, será reforçada, assim como o atendimento na Unidade Social implantada pelo governo do Estado no Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas).

O convênio firmado entre Estado e Prefeitura estabelece fluxos de atendimento e encaminhamento, visando fortalecer e integrar a rede assistencial na cidade e aprimorando ainda mais a assistência aos dependentes de crack na capital paulista, desde o primeiro acolhimento até a reinserção social dos pacientes.

Haverá a descentralização do atendimento inicial aos dependentes e de seus familiares por intermédio dos 25 Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas) municipais, além do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), unidade estadual no centro de São Paulo, que manterá o atendimento aos usuários.

Os Caps Ad serão responsáveis pelo acolhimento dos pacientes e avaliação de seus quadros clínicos específicos de dependência, situações de risco e necessidades de tratamento e encaminhamento, além do projeto terapêutico. Essas unidades também irão receber e acolher os familiares, independentemente da presença do paciente.
Havendo necessidade, as equipes dos Caps irão realizar visitas domiciliares para avaliar e acompanhar o tratamento ou o encaminhamento do usuário para outros serviços.

O SUS (Sistema Único de Saúde) preconiza, prioritariamente, o tratamento ambulatorial de dependentes químicos. Mas em algumas situações específicas, os Caps, mediante avaliação médica e multiprofissional, irão providenciar o encaminhamento dos pacientes para outros serviços da rede, a exemplo de comunidades terapêuticas, moradias assistidas, enfermarias psiquiátricas e centros de referência especializados em assistência social.

A parceria prevê, ainda, que no caso de dependentes em situação de rua as equipes de consultório de rua da prefeitura, os agentes de proteção social e os agentes comunitários de saúde farão a abordagem com objetivo de direcionar a pessoa a um serviço de saúde ou incluí-las em políticas sociais e de resgate de cidadania. Essas equipes terão acesso aos recursos de assistência social do Ministério Público como também poderão acionar a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, por meio da Unidade Social e da Unidade do Centro de Integração da Cidadania instaladas no Cratod.

A Secretaria de Estado da Saúde apoiará o município com sua rede hospitalar e rede especializada em serviços de saúde mental. Desde 2011 o número de leitos para dependentes químicos no Estado passou de 482 para 1004 e até 2014 irá ultrapassar as 1,3 mil vagas. As internações de dependentes são indicadas, após avaliação médica, apenas para os casos considerados mais graves.

"A proposta é integrar a rede de proteção social e de saúde, fortalecer a assistência e, principalmente, estabelecer um fluxo pelo qual a porta de entrada passa a ser, efetivamente, os Caps Ad. O primordial é que ninguém fique sem atendimento e que todo o encaminhamento fique a cargo da unidade de origem, assegurando todos os recursos necessários para que os dependentes tenham a chance de se recuperar de uma doença que pode ser fatal", afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
Publicado por Assessoria de Imprensa em

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