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SP inicia testes em humanos da vacina contra a dengue

Instituto Butantan utilizará 300 voluntários que serão recrutados a partir de abril; número de casos cai 93% no Estado

O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com o Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, iniciará até junho os ensaios clínicos da vacina contra a dengue.

O estudo avaliará a segurança e a imunogenicidade da vacina tetravalente e a expectativa é que ela proteja contra os quatro tipos de vírus da doença após a administração de apenas uma dose. A estimativa é de que a vacina esteja disponível para a população daqui a três anos.

Para os testes clínicos serão utilizados 300 voluntários, entre 18 e 50 anos de idade, a serem recrutados a partir de abril. Os resultados de segurança e imunogenicidade serão obtidos no primeiro ano de análises, mas todos os voluntários serão acompanhados por um período de cinco anos após a vacinação.

"Esse é um passo muito importante para a saúde pública e para a ciência, representando um avanço significativo na prevenção da dengue. A vacina já se mostrou segura e imunogênica em estudos anteriores e esperamos obter o mesmo sucesso nesta nova etapa", avalia Alexander Precioso, diretor médico de Ensaios Clínicos do Instituto Butantan.

Atualmente, o único método de prevenir e combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é a eliminação dos criadouros e possíveis focos de transmissão. Não há vacina disponível.

Queda

O número de casos de dengue no Estado de São Paulo caiu 93% em 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta balanço preliminar da Secretaria de Estado da Saúde com base em boletim produzido pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CVE).

De janeiro até a última semana os municípios paulistas informaram, por intermédio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), 2.247 casos autóctones (com transmissão dentro do estado) de dengue. No mesmo período do ano passado houve 32.549 casos confirmados da doença. A Secretaria trabalha, primordialmente, com diagnósticos sorológicos de dengue, realizados por intermédio da rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.

A queda ocorre apesar da entrada do vírus do tipo 4 da dengue no Estado, em 2011.

A cidade de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, lidera o número de casos informados à Secretaria pelo Sinan, com 408, seguida pelo município de Pontal, com 300, e Potim, com 200. As regiões do Vale do Paraíba, Ribeirão Preto e Araraquara concentram 67% do total dos casos de dengue no Estado, com 1.350 confirmações.

Até o momento foi confirmada uma morte por dengue no município de Pontal, região de Ribeirão Preto, ocorrida em janeiro. No passado houve 50 mortes ocasionadas pela doença e, em 2010, 140 óbitos por dengue. Dos 645 municípios do Estado de são Paulo, 490 não registraram nenhum caso da dengue até agora.

"A redução é expressiva, mas não podemos baixar a guarda. O trabalho deve ser diário e contínuo, com a fundamental colaboração de todos os paulistas no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti", diz o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri.

São Paulo iniciou na última segunda-feira uma Semana Estadual de Mobilização Contra a Dengue. São 25 mil agentes de controle de vetores trabalhando em todo o Estado. Foram programadas atividades especiais, entre arrastões, panfletagens, pedágios, distribuição de adesivos e imãs de geladeira, palestras, apresentações de teatro, exposições e passeatas, além de mutirões de limpeza, visitas casa a casa, remoção de criadouros e visitas de imóveis estratégicos e especiais, como cemitérios e ferros-velhos. Cada município programou suas atividades, que acontecem até dia 30 de março, sexta-feira, e em alguns locais até sábado.

Ações contínuas

A Secretaria investe anualmente R$ 40 milhões para ajudar os municípios paulistas no combate à dengue.

Em outubro de 2011 a pasta lançou um Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue, mobilizando prefeitos e gestores de saúde de 283 municípios paulistas considerados prioritários, definidos com base em indicadores como indicadores como série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional. Foram novidades em relação às ações executadas nos anos anteriores, como apoio dos agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) nas visitas casa a casa, não somente em ações de nebulização, capacitação dos agentes de controle de vetores, agentes comunitários e o chamado "Treinamento Express" para profissionais de saúde, no próprio local de trabalho, focando temas como manejo clínico, avaliação de risco e organização de serviços.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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