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SP faz mutirão para avaliar risco de derrame em crianças com doença falciforme

Cerca de 100 pacientes do hospital estadual Cândido Fontoura, na capital, deverão passar por exames neste sábado e no próximo dia 15

Cerca de 100 pacientes do hospital estadual Cândido Fontoura, na capital, deverão passar por exames neste sábado e no próximo dia 15

O hospital estadual Cândido Fontoura, unidade da Secretaria de Estado da Saúde referência em atendimento pediátrico na capital paulista, promove neste sábado, 8 de outubro, um mutirão para avaliar o risco de acidente vascular cerebral isquêmico em pacientes portadores de doença falciforme, uma doença genética, que provoca a mutação dos genes que produzem as hemoglobinas. O mutirão se repetirá no próximo dia 15.

Cerca de 100 crianças e adolescentes, entre 2 e 16 anos de idade, serão assistidos por uma equipe multiprofissional e passarão por diversos exames, entre os quais doppler transcraniano. O principal objetivo do mutirão é detectar e prevenir o risco de derrame nas crianças. Os atendimentos foram previamente agendados.

"O acidente vascular cerebral isquêmico é uma das complicações mais temidas para os portadores de doença falciforme, pois pode deixar sequelas graves e levar o paciente a óbito, geralmente crianças até 10 anos de idade", explica a hematologista Soraia Sekkar de Pádua. A avaliação principal dos pacientes será feita por meio do doppler transcraniano, um exame altamente eficaz e imprescindível para um diagnóstico precoce da doença.

Os pacientes passarão também por exames de sangue para o controle da doença e perfil hematológico. Um banco de dados será criado para registrar o perfil de cada criança, facilitando e agilizando o serviço do banco de sangue em caso de necessidade de transfusões sanguíneas. Todas as informações sobre o paciente, inclusive a evolução do seu quadro de saúde, estarão cadastradas nesse banco.

A equipe de hematologia do hospital também traçará um perfil psicológico e social de cada paciente para conhecer sua rotina e dificuldades para tentar evitar o abandono do tratamento. "Queremos conhecer melhor os pacientes e saber das suas dificuldades relacionadas à doença e ajudá-los impedindo que abandonem o tratamento. O prognóstico de evolução desses pacientes depende da aderência ao tratamento", afirma o diretor do hospital estadual Cândido Fontoura, Fernando Gonçalez.

O mutirão contará com cerca de 40 profissionais, entre médicos hematologistas, neurologistas pediátricos, ultrassonografistas, psicólogas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, e equipe de enfermagem. Serão realizadas palestras informativas para esclarecer dúvidas dos familiares e somar conhecimento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Para animar e distrair a criançada haverá apresentações lúdicas com um grupo de palhaços, distribuição de lanches e material educativo.

O mutirão será voltado apenas para os pacientes com doença falciforme que já estão em acompanhamento no HICF. Até o final do ano, a unidade abrirá vagas para pacientes encaminhados por outras unidades de saúde.


Sobre a doença falciforme


A doença falciforme é uma das doenças genéticas mais comuns em todo o mundo. Ela é causada pela mutação de genes dos genes que produzem as hemoglobinas, responsáveis por levar o oxigênio para os órgãos e tecidos do corpo. Por conta da malformação, as hemoglobinas ficam enrijecidas prejudicando a circulação sanguínea e causando dores muito fortes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, cerca de 300 mil bebês nascem com esta enfermidade. O diagnóstico precoce é imprescindível para melhorar o prognóstico de evolução dos pacientes.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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