Secretaria de Estado da Saúde

A A A Tamanho do texto

50% dos transplantes de fígado são decorrentes de hepatites

Levantamento elaborado pelo Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde, aponta que dos 1,1 mil transplantes de fígado realizados pela equipe médica da unidade, cerca de 50% ocorreram em pacientes portadores de vírus da hepatite B ou C.

Vírus do tipo C é o maior responsável pelas cirurgias; amanhã, quinta-feira, é o Dia Mundial de Combate à Hepatite

Levantamento elaborado pelo Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde, aponta que dos 1,1 mil transplantes de fígado realizados pela equipe médica da unidade, cerca de 50% ocorreram em pacientes portadores de vírus da hepatite B ou C.

A pesquisa mostra que 430 transplantados portavam hepatite C, o que corresponde a, aproximadamente, 40% do número geral de transplantes. Pelo menos metade destes pacientes afirma não saber como contraiu a doença. Já os infectados pelo tipo B chegaram a 8%, ou seja, 90 transplantados. Dos pacientes da unidade que estão inscritos na fila para transplante de órgãos, cerca de 50% convivem, ainda, com hepatite B ou C.

Em todo Brasil, a hepatite C é a maior responsável pela cirrose hepática e, por consequência, pelos transplantes de fígado. Por ser uma doença silenciosa – o período de incubação varia entre 10 e 30 anos - as pessoas demoram a tomar conhecimento da presença do vírus em seu organismo, que em 80% dos casos evolui para uma infecção crônica. Estima-se que no mundo uma a cada 12 pessoas seja portadora do vírus da hepatite C.

Os danos causados pela doença são irreversíveis e comprometem a produção de proteínas do sangue e a refinação dos alimentos absorvidos pelo intestino, funções vitais do fígado. “A possibilidade do aparecimento de câncer no órgão também aumenta muito nas pessoas com cirrose. Quadros como estes é que levam o paciente a necessitar de um transplante”, diz o médico coordenador do transplante de fígado, Carlos Baía.

Além da vacina disponível gratuitamente na rede pública de saúde para combater a hepatite B, tomar alguns cuidados essenciais com a saúde podem evitar o contágio. Os médicos hepatologistas da unidade listaram algumas dicas:

- Tenha práticas sexuais seguras. Somente o uso do preservativo garante proteção.
- Não compartilhe objetos pessoais como alicates e lâminas de barbear. Na visita a manicure, leve seu próprio kit.
- Ao frequentar consultórios odontológicos, barbeiros e tatuadores, preste muita atenção na higiene com utensílios e produtos.
- Não aceite seringas e agulhas que não sejam descartáveis, em qualquer situação.


“Prevenir é sempre a melhor escolha, por isto é fundamental fazer o teste de hepatite através do exame de sangue. Para a hepatite B existe vacina. Com os medicamentos disponíveis as hepatites B e C são curáveis. E os medicamentos são gratuitos. Qualquer doença é mais fácil de ser combatida quando descoberta cedo”, destaca Carlos Baía.
Publicado por Assessoria de Imprensa em

Comunicar Erro




Enviar por E-mail






Colabore


Obrigado