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HC realiza primeira neurocirurgia da América Latina com monitoramento em tempo real

O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, realizou pela primeira vez na América Latina um procedimento considerado o "GPS da neurocirurgia", para ressecção de tumor cerebral. A técnica permite monitorar em tempo real o processo cirúrgico, mostrando com exatidão as estruturas cerebrais relacionadas com a lesão. Mediante as imagens, feitas por um equipamento de ressonância magnética instalado dentro do centro cirúrgico, é possível saber a extensão do tumor, a proporção removida e quanto falta para concluir a cirurgia. 

Com o método tradicional, cerca de 30% dos pacientes saem da cirurgia com restos do tumor no organismo e chances de recidiva. Por isso, a neurocirurgia com uso de ressonância magnética intraoperatória (RMI) é considerada um grande avanço para tratamento de tumores cerebrais, especialmente de gliomas encefálicos - que abrangem 40% dos tumores em geral (na maioria das vezes são malignos) -, e tumores de hipófise - que representam cerca de 15% dos tumores (geralmente benignos).

A RMI possibilita realização de intervenções cirúrgicas menores e mais econômicas, otimizando os procedimentos cirúrgicos e proporcionando diversos benefícios, tais como: rápido diagnóstico de complicações, que poderão ser tratadas de imediato; prevenção de danos neurológicos; e maior grau de ressecção com menor grau de manipulação, sem lesão do tecido sadio.

Até agora, o único recurso para mapear tumores neurológicos era a ressonância tradicional, feita antes da cirurgia, cujo efeito era como o de um mapa desatualizado. Com o exame intraoperatório, é como se o médico tivesse nas mãos um GPS. No caso do glioma, por exemplo, que é um tumor que pode mudar de lugar depois que o crânio é aberto, a RMI mostra-se altamente eficaz.

A primeira cirurgia com o uso da RMI (retirada de tumor de hipófise) foi realizada com sucesso em março. O segundo e o terceiro procedimentos, também realizados no mês passado, consistiram em microcirurgia para ressecção de neoplasia. Todas as cirurgias tiveram sucesso e os pacientes passam bem.  

Para a aquisição do equipamento, montagem e adequação do centro cirúrgico a Secretaria de Estado da Saúde investiu o equivalente a R$ 3 milhões.
Publicado por Assessoria de Imprensa em

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