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No Dia Mundial do Idoso, veja dicas para um envelhecimento saudável

Os cinco sentidos do corpo humano sofrem alterações com o passar dos anos, que os tornam cada vez menos aguçados. Com alguns cuidados básicos, no entanto, as pessoas podem evitar os desgastes sensoriais, preservando visão, audição, paladar, olfato e tato. Em atenção ao Dia Mundial do Idoso, comemorado nesta quinta-feira, dia 1º de outubro, especialistas do Grupo de Geriatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, explicam como ocorrem as modificações dos sentidos humanos e dão dicas para obter um envelhecimento saudável.

Audição - Para o geriatra do HC Leonardo Lopes, o diagnóstico precoce da perda auditiva evita a evolução, minimizando o impacto negativo que essa alteração traz para a vida do idoso. Segundo ele, pesquisas internacionais apontam que a partir dos 65 anos 18% dos idosos começam a ter queixas auditivas. "Com o passar da idade o problema se agrava, atingindo cerca de 30% dos idosos com 80 anos e 50% daqueles com 90 anos ou mais", informa.

Ainda segundo o especialista, na terceira idade sons de alta freqüência (música, voz feminina ou de criança, sons ambientes como canto de pássaros) vão ficando difíceis de serem identificados.

Uma das principais causas de perda auditiva está ligada à exposição a ruídos excessivos. "Pessoas que passaram grande parte da vida expostas a barulhos, principalmente no trabalho e sem o uso de proteção adequada, tendem a ter mais problemas", alerta Lopes. A avaliação periódica para controle de doenças como hipertensão, diabetes e obesidade também é fundamental para proteger a audição.

Visão - Os problemas oculares mais comuns relacionados à terceira idade são: catarata, glaucoma e retinopatia diabética. Dra. Érika Satomi, lembra que com o envelhecimento humano a produção de lágrimas diminui e a musculatura do olho enfraquece. De acordo com ela, não existe uma idade específica para desencadear perdas da visão, mas existem medidas que ajudam a prevenir o problema, tais como: evitar fumar; usar óculos de sol; e controlar doenças como diabetes e hipertensão.

Paladar e Olfato - Antes dos 65 anos, somente 2% das pessoas têm queixas relacionadas à falta de paladar e olfato. De acordo com a geriatra do HC, Sumika Mori Lin, o número sobe para 30% entre pessoas de 70 e 80 anos. "A partir dos 80 anos, a perda desses dois sentidos atinge cerca de dois terços dos idosos", explica. 
A doutora ressalta que a perda de peso relacionada à diminuição de paladar é muito comum. "Idosos que antes se alimentavam com prazer passam a não ter mais vontade de comer, podendo levar a um estado de desnutrição, não só pela perda de paladar e olfato, mas também por outras alterações naturais do envelhecimento", afirma.

"Manter uma boa higiene oral, evitar o fumo e bebidas alcoólicas são medidas que ajudam a conservar a sensibilidade ao longo dos anos", ressalta a médica.

Tato - Com o avanço da idade, há uma redução da sensibilidade da pele à dor.  Diferenças entre quente e frio também ficam difíceis de serem identificadas, aumentando o risco de lesões por queimaduras. 

Para prevenir acidentes na terceira idade, é recomendado cuidados com a temperatura máxima da água e com o fogo. Atenção a possíveis lesões no corpo também são importantes, pois com a diminuição do tato, o idoso fica privado do principal sinal de que algo está errado, a dor.

Equilíbrio - Apesar de não ser um dos cinco sentidos humanos, para o professor titular de Geriatria do Hospital das Clínicas, Wilson Jacob, o equilíbrio também deve ser encarado como um sentido vital na terceira idade, pois o medo de quedas podem levá-los a não sair de casa. Segundo o geriatra Antonio Carlos Pereira Barretto Filho, pesquisador nas áreas de tontura, equilíbrio e quedas do idoso, 13,6% dos idosos que procuram a geriatria do HC se queixam de tonturas. "A perda de equilíbrio está ligada a outras doenças e não faz parte do envelhecimento normal", informa. Além da prática de atividades físicas, doutor Antonio Carlos ressalta a importância de cuidar da visão, pois é um dos componentes mais importantes do equilíbrio.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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