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Medo de cair leva 50% dos idosos com mobilidade reduzida a evitar banho

Músculos frágeis, mobilidade reduzida e dificuldade de curar lesões. Esses três motivos seriam suficientes para levar um idoso a ter receio de cair. Números levantados pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, mostram que o medo pode ser ainda maior quando outros fatores entram em cena, como, por exemplo, o ambiente de banho. Estar nu, sozinho, em um recinto fechado e escorregadio potencializa as dificuldades. 

O resultado dessas combinações adversas leva 50% dos idosos com mobilidade reduzida, que procuram o Ambulatório de Prevenção do Risco de Quedas do HC, a evitar tomar banho diariamente. "Argumentos como o dia estar frio ou indisposição são usados para adiar", informa Wilson Jacob, professor titular da especialidade de Geriatria do Hospital das Clínicas. Segundo ele, porém, muitas vezes esses argumentos são desculpas encontradas para esconder o medo da queda.

As quedas na terceira idade têm um alto impacto na saúde pública, pois requerem intervenções caras e que diminuem a auto estima da pessoa. "O idoso que caiu sempre terá medo de cair outra vez, tornando-se um cidadão de alta vulnerabilidade. Muitos acabam nem saindo mais de casa", observa doutor Wilson.

De acordo com o levantamento do HC, 70% dos idosos que já tiveram uma queda têm medo de caminhar por pisos irregulares. "Para diminuir o receio e assegurar uma boa qualidade de vida a essas pessoas, o Ambulatório do HC busca adequá-las ao meio ambiente", destaca o professor, lembrando que o trabalho é feito por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.

No ambulatório, os idosos fazem exercícios de fortalecimento da musculatura, recebem orientações do melhor calçado para utilizar e, quando necessário, aprendem a usar apoios para se locomover. "Ajuste de óculos e orientações sobre a iluminação ideal para cada ambiente também estão na programação do Ambulatório", diz Wilson Jacob.

As atividades do Ambulatório de Prevenção do Risco de Quedas começaram no início de 2009 e são feitas duas vezes por semana. Atualmente, 50 idosos, já pacientes de outros ambulatórios do HC, acompanham a programação. São pessoas que já tinham o diagnóstico de distúrbio de equilíbrio, doenças neurológicas, Alzheimer ou que dependem de medicamentos que alteram seu equilíbrio. Na próxima quinta-feira, dia 1º de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Idoso.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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