CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE

A poliomielite é uma doença altamente infecciosa causada por um vírus capaz de invadir o sistema nervoso central e causar paralisia. O vírus é introduzido no organismo através da boca, se multiplica no intestino e a infecção pode ser inaparente em 99% dos casos. O quadro clínico é caracterizado por febre, mal-estar, cefaléia, distúrbio gastro-intestinal e rigidez de nuca, acompanhado ou não de paralisia.

Não há tratamento para a doença e a vacinação é a única forma de prevenção.

 

Lançada em 1988, a Iniciativa Global para a Erradicação da Poliomielite no mundo já conseguiu reduzir em 99% o número de casos e atualmente somente quatro países tem a doença da forma endêmica: Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Índia. No entanto, enquanto existir a doença em um único lugar do mundo há o risco de disseminação: entre 2003 e 2005, vinte e cinco países livres do vírus da poliomielite foram re-infectados devido a importações. (Número de casos de pólio no mundo – clique aqui
 http://www.polioeradication.org/casecount.asp).

 

A Organização Mundial de Saúde já certificou três continentes como livres da circulação do poliovírus selvagem: Américas (1994), Pacífico ocidental – incluindo China (2000) e Europa (2002). Para a erradicação global a organização recomenda as seguintes estratégias:

- altas coberturas vacinais no primeiro ano de vida;

- doses suplementares de vacina para todas as crianças menores de 5 anos em Dias Nacionais de vacinação;

- vigilância das paralisias flácidas em menores de 15 anos;

- vacinação de bloqueio em locais com detecção de casos.

 

No Brasil, desde 1980, são realizadas as Campanhas Nacionais, objetivando a vacinação indiscriminada de crianças entre zero e 4 anos de idade, duas vezes ao ano. O último caso foi notificado em 1989 na Paraíba.

 

Em São Paulo, o último caso ocorreu em Teodoro Sampaio – município da região de Presidente Prudente – em 1988.

 

A despeito da erradicação em nosso país e continente, é essencial a manutenção de mais de 95% das crianças menores de cinco anos protegidas contra a doença. A complementação do esquema básico no primeiro ano de vida, associada às doses suplementares administradas nos Dias de Nacionais de Vacinação garantem a imunidade desta população. 

 

Destaque-se que, além de altas coberturas, é primordial o alcance da meta de maneira homogênea, ou seja, na maioria dos municípios brasileiros.

 

Obs: até o ano 2000 a meta de CV para campanhas contra poliomielite

definida pelo Programa Nacional de Imunizações era de 90%

 

 

Veja série histórica de cobertura vacinal no estado de São Paulo

Veja série histórica de cobertura vacinal por município no estado de São Paulo

Veja mapas com cobertura vacinal e homogeneidade no estado de São Paulo